A Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Piauí (FETAG-PI) repudia o ato de despejo cometido contra a família do Indígena Gamela, Adaildo José Alves da Silva, residente no território Morro d'água, zona rural do município de Gilbués-PI. O ato aconteceu no final da tarde desta quinta-feira (14) por meio de uma ordem de despejo de autoria do juiz da Comarca de Gilbués.
Veja o depoimento de Adaildo José Alves da Silva:
Segundo o indígena, Bauer Souto dos Santos, é o autor da ação. “Ele foi até minha residência com a presença de um oficial de justiça e de dois policiais militares e impuseram o despejo”, frisou.
“No momento eu estava pra roça e eles tentaram forçar meu filho de 12 anos a retirar os objetos da casa, mais meu filho recusou e eles mesmos retiraram os pertences da minha família e jogaram fora da casa e depois incendiaram minha casa”, relatou Adaildo.
“Nossa comunidade é Indígena Gamela, eu sempre atuo minha origem como indígena e peço as autoridades que tomem providências, porque acredito que meu prejuízo é torno de uns R$20 mil (vinte mil reais). Meus animais estão largados (gado e galinha). Eu e minha família estamos em um casa que nos acolheu com mais quatro famílias”, finalizou Adaildo José.
A Diretoria da FETAG-PI, Polos e Sindicatos filiados se solidarizam a Adaildo José Alves da Silva pela maneira como foi despejado de sua residência e pedem as autoridades que façam justiça por esta família que teve sua casa destruída. Um ato inaceitável!
SINDICATO DE PORTAS ABERTAS: esse é o nome da Campanha Nacional de Sindicalização que está sendo desenvolvida pela CONTAG, Federações e Sindicatos filiados.
A campanha tem como objetivos fortalecer a representação e representatividade junto aos agricultores e agricultoras familiares, melhorando a relação político-sindical com a categoria a partir da escuta das necessidades dos(as) associados(as) e não associados(as) e de adoção de novas estratégias de ação sindical.
Entre as estratégias prioritárias da Campanha Nacional de Sindicalização – SINDICATO DE PORTAS ABERTAS estão: a atualização dos dados cadastrais dos(as) associados(as) e não associados(as); fortalecer a política de comunicação da CONTAG e que ela dê visibilidade às experiências exitosas, às lutas e às ações político-sindicais; geração de benefícios e melhorias socioeconômicas para os associados e associadas que fortaleçam a sustentabilidade político-financeira das entidades sindicais; aprimoramento do atendimento aos agricultores e agricultoras familiares; realização de processos formativos; entre outras.
Segundo o secretário de Finanças e Administração da CONTAG, Juraci Souto, essa Campanha é resultado de análises, debates e de um processo de construção coletiva envolvendo a Diretoria e assessoria da Confederação com o objetivo de apontar caminhos para fortalecer o Plano Sustentar e a sustentabilidade político-financeira da CONTAG, Federações e Sindicatos filiados. “Também é resultado do acúmulo de debates promovidos pela CONTAG nos últimos anos, especialmente a partir das Oficinas de Base realizadas em conjunto com as Federações e Sindicatos. Essas Oficinas permitiram identificar potencialidades e fragilidades na organização, na ação e na prática sindical que impactam na representação e representatividade e na capacidade do sistema confederativo responder às demandas da categoria”, explicou.
A secretária de Políticas Sociais da CONTAG, Edjane Rodrigues, que coordena com Juraci a Campanha Nacional de Sindicalização, disse que está com grandes expectativas quanto às ações que estão sendo planejadas de forma articulada entre a Confederação, Federações e Sindicatos. “Estamos com muita energia e disposição! Está sendo uma grande experiência esse diálogo e construção coletiva com as regionais, com os estados e municípios. Todos e todas estão focados(as) na superação dos desafios enfrentados pelo movimento sindical com o atual cenário do País e no fortalecimento do nosso movimento sindical para que ele seja mais organizado, representativo, mais forte e combativo”, destacou Edjane.
FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG – Verônica Tozzi
A FETAG-PI participou na manhã desta terça-feira (12) através do Secretário da Terceira Idade, Anfrísio Moura e da Secretária de Políticas Sociais, Maria Barros, na sede da Secretaria da Assistência Social e Cidadania (SASC) em Teresina da reunião que discutiu sobre a Carteira do Idoso que dá acesso ao Passe Livre interestadual e intermunicipal.
O Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos é nesta segunda-feira, 11 de janeiro, e tem como objetivo alertar a população do campo e da cidade acerca dos riscos à saúde e ao meio ambiente devido ao uso de substâncias químicas contidas nos agrotóxicos, agroquímicos, pesticidas e praguicidas.
A FETAG-PI celebra o Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos alertando que ainda temos muitos desafios na luta pelo desenvolvimento de forças produtivas com educação e responsabilidade ambiental, com a inserção na agricultura de novas tecnologias que não sejam predatórias ao meio ambiente e à saúde.
O Brasil desde de 2008 ocupa o posto de maior consumidor mundial desses produtos, e desde 1º de janeiro de 2019, sob a gestão do governo Bolsonaro, foram liberados para utilização nacional cerca de 945 novos agrotóxicos, dos quais 311 têm componentes banidos da união europeia devido ao alto grau de toxidade.
Usados na agricultura para conter as pragas, eliminar doenças e plantas invasoras, os agrotóxicos trazem consequências nocivas dessa prática agrícola aos seres vivos e ao meio ambiente, como a contaminação do solo, da água, do ar, causando doença à vida humana, a exemplo de persos tipos de cânceres, envenenamento, convulsões, danos ao sistema nervoso, entre outras enfermidades.
O Brasil tem se tornando o paraíso dos agroquímicos, visto a política pró-agrotóxicos do Governo Federal, e de parte dos Estaduais. A isenção de impostos chega a ser zerada em alguns estados, beneficiando especialmente produtores de commodities (soja, milho, algodão, cana de açúcar). Somente no ano de 2019 houve isenção fiscal ou subsídios em torno de 14 bilhões aos produtores e vendedores de agrotóxicos. Assim, os baixos percentuais de tributação incentivam sua ampla comercialização, e o uso indiscriminado na agricultura, fazendo com que o “veneno” esteja diariamente na nossa mesa.
É preciso tributar os agrotóxicos, não só para que as empresas poluidoras paguem pelos danos causados ao meio ambiente e aos seres vivos, mas também como estratégia para alavancar mudanças de comportamento, inclusive, forçar o uso de produtos menos nocivos na agricultura, até que haja, no Brasil, a consolidação definitiva de um novo modelo de desenvolvimento agrícola, pautado em práticas sustentáveis, livre de agrotóxicos e transgênicos.
A agricultura convencional paulatinamente precisa ser substituída por uma agricultura de base orgânica ou agroecológica, com métodos de produções agrícolas que utilizem elementos da própria natureza, como fungos e bactérias, para o controle de pragas. Essa é uma diretriz defendida pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura-FAO/2007, reiterada pela Conferência das Nações Unidas Sobre Comércio de Desenvolvimento/2014.
FONTE: com informações da Secretaria de Meio Ambiente da CONTAG