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Pelo menos dois terços dos deputados federais que são candidatos à reeleição neste ano votaram ou apresentaram projetos de lei que prejudicam o meio ambiente, povos indígenas e trabalhadores rurais.

Os dados são resultado de um levantamento inédito feito pela Repórter Brasil por meio do Ruralômetro, banco de dados e ferramenta interativa que avalia o comportamento dos deputados eleitos em 2014 diante da agenda socioambiental. Publicado no dia 30 de janeiro deste ano, o Ruralômetro foi relançado com novas informações nesta quarta-feira (12 de setembro de 2018) e poderá ser acessado de maneira gratuita em ruralometro.reporterbrasil.org.br.

Para o estudo, foram analisadas 14 votações nominais (em que deputados registram seu voto) desta legislatura e 131 projetos de lei cujos autores são deputados eleitos em 2014. Todos apresentam algum tipo de impacto ao meio ambiente, povos indígenas e trabalhadores rurais. Oito organizações independentes do terceiro setor classificaram essas votações e projetos de lei como favoráveis ou desfavoráveis à agenda socioambiental, o que permitiu avaliar e pontuar os parlamentares.

 Dos 248 deputados candidatos à reeleição que têm a ‘febre ruralista’ – ou seja, que votaram e propuseram projetos de lei com impacto negativo à agenda socioambiental –, 138, ou 55,6% fazem parte da Frente Parlamentar Agropecuária, a chamada bancada ruralista. Entre os candidatos febris, há ex-ministros do governo Temer, nomes envolvidos em escândalos de corrupção, lideranças da bancada ruralista e membros de tradicionais famílias da política brasileira.

 Entre os candidatos à reeleição que têm a pior pontuação, estão Nilson Leitão (PSDB-MT) com 42ºC, Jerônimo Goergen (PP-RS) com 41,9ºC, André de Paula (PSD-PE) com 41,6ºC. Entre os ex-ministros do governo Temer, Ricardo Barros (Saúde), Leonardo Picciani (Esportes) e Osmar Serraglio (Justiça e Segurança Pública) são candidatos à reeleição e apresentam febre alta: 39,9°C, 40,2°C e 39,5°C, respectivamente. No Ceará, o deputado com o maior grau de "febre" é Balman (PDT) com 41ºC.

 Além dos candidatos à reeleição, o Ruralômetro mostra todos os deputados eleitos em 2014 que concorrem a algum cargo neste ano. Dois presidenciáveis estão na ferramenta – Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e Cabo Daciolo (Patriotas-RJ) –, assim como nove candidatos a governador, 41 candidatos ao senado, 373 candidatos à deputado federal e oito candidatos à deputado estadual.

 Deputados que cometeram infrações trabalhistas

Nesta versão atualizada, o Ruralômetro traz um cruzamento de dados inédito: os deputados que possuem empresas e imóveis rurais, segundo a Receita Federal e a autodeclaração ao TSE, e quais deles foram autuados por irregularidades trabalhistas ou flagrados com trabalho escravo.

Ruralômetro mostra relação entre parlamentares e financiadores de campanha

Além da pontuação dos deputados, o Ruralômetro mostra quem recebeu financiamento de campanha, em 2014, de empresas autuadas pelo Ibama ou que já entraram no cadastro de empregadores flagrados por mão de obra análoga à de escravo (também conhecida como “lista suja do trabalho escravo”, publicada desde 2003 pelo Ministério do Trabalho).

Segundo o levantamento, 57% dos eleitos receberam, ao todo, R$ 58,9 milhões em doações de empresas autuadas pelo Ibama por cometerem infrações ambientais. Outros 10% foram financiados com R$ 3,5 milhões doados por empresas autuadas por trabalho escravo.

Eleitor poderá usar Ruralômetro nas eleições

Essas informações podem ser consultadas de forma simples e rápidas, e podem ser obtidas em detalhes. Ao clicar no link da ficha completa de cada deputado, é possível ver como cada um votou, quais projetos de lei elaborou e checar todas as informações que Ruralômetro levantou sobre ele.

Ao cruzar essas informações, o Ruralômetro oferece uma ferramenta inédita de pesquisa para a campanha eleitoral de 2018, já que a maioria desses parlamentares concorrem à reeleição ou a outros cargos no Executivo.

Fonte de informações úteis para jornalistas e pesquisadores

O Ruralômetro permite ainda a aplicação de persos filtros e serve como útil ferramenta de investigação para jornalistas e pesquisadores. Ao navegar por Estado, por exemplo, é possível descobrir quantos deputados de cada região têm a febre ruralista ou quantos deputados da região cometeram infrações ambientais ou trabalhistas.

Os candidatos à reeleição com a ‘febre ruralista’ por região no Brasil

  • Região Nordeste

Todos os cinco candidatos do Rio Grande do Norte à reeleição para deputado federal têm febre ruralista. Na Paraíba, o percentual é de 88% e, no Piauí, de 86%. No Maranhão, 80% dos candidatos à reeleição estão febris e, na Bahia, 63%, seguidos por Alagoas (57%) e Ceará (53%). Pernambuco e Sergipe estão empatados, cada um com 50% dos candidatos à reeleição com atuação legislativa desfavorável ao meio ambiente e aos povos do campo.

 

  • Região Norte

Na região Norte, o Estado campeão de candidatos à reeleição com a febre ruralista é o Amazonas, onde os quatro deputados que querem se manter no cargo têm temperatura superior a 37,3°C. Em Rondônia, 86% dos candidatos à reeleição estão febris e, em Roraima, 83%, mesmo percentual dos deputados que tentam se manter no cargo em Tocantins. Eles são seguidos por Amapá (71%), Pará (69%) e Acre (43%).

 

  • Região Centro-Oeste

No Mato Grosso, todos os quatro deputados candidatos à reeleição têm a febre ruralista, seguido por Goiás (83%), Mato Grosso do Sul (75%) e Distrito Federal (33%).

 

  • Região Sul

Dos 24 deputados candidatos à reeleição no Paraná, 16 têm a febre ruralista (67%), mesmo índice de Santa Catarina, com 6 dos 9 febris. No Rio Grande do Sul, 11 dos 24 candidatos (46%) têm atuação legislativa desfavorável à agenda socioambiental.

 

  • Região Sudeste

No Rio de Janeiro, 22 dos 32 deputados que tentam a reeleição têm atuação considerada desfavorável diante da agenda socioambiental, o que corresponde a 69%. Em São Paulo, 36 dos 53 candidatos à reeleição estão febris (68%), enquanto em Minas o índice é de 65% e no Espírito Santo, 63%.

 

Estado

% de candidatos à reeleição com febre ruralista*

Amazonas

100

Mato Grosso

100

Rio Grande do Norte

100

Paraíba

88

Piauí

86

Rondônia

86

Goiás

83

Roraima

83

Tocantins

83

Maranhão

80

Mato Grosso do Sul

75

Amapá

71

Pará

69

Rio de Janeiro

69

São Paulo

68

Paraná

67

Santa Catarina

67

Minas Gerais

65

Bahia

63

Espirito Santo

63

Alagoas

57

Ceará

53

Pernambuco

50

Sergipe

50

Rio Grande do Sul

46

Acre

43

Distrito Federal

33

*O Ruralômetro pontua 492 deputados federais (ao invés dos 513 que foram eleitos), já que dois morreram e outros 19 participaram de menos de duas votações nesta legislatura e, por isso, não foram avaliados na ferramenta

 

Fonte: Ruralômetro Repórter Brasil

A Diretoria da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) esteve reunida nesta terça-feira (11) com os(as) representantes das Federações filiadas para discutir vários assuntos, entre eles a conjuntura política brasileira.

Foi reafirmado pelo conjunto das Federações e da CONTAG o total apoio político, dentro do que prevê a legislação eleitoral, às candidaturas orgânicas ao Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) e àquelas comprometidas com o nosso Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS) para as Assembleias Legislativas e o Congresso Nacional.

Também foi reafirmado o apoio político da CONTAG, já no primeiro turno das eleições, à candidatura de Haddad/Manuela à Presidência da República, respeitando a persidade de opinião e a legislação eleitoral, por entender que esta candidatura está alinhada com o desenvolvimento sustentável, a soberania nacional, a agenda da classe trabalhadora e da maioria do povo brasileiro e, sobretudo, com a defesa e valorização da agricultura familiar.

Leia abaixo a resolução aprovada na íntegra:

RESOLUÇÃO nº 009/2018

Considerando que:

1. A agenda do golpe implica a crescente perda de direitos e conquistas da Classe Trabalhadora, imposta pelo governo ilegítimo de Michel Temer e pela ampla maioria conservadora do Congresso Nacional;

2. A maioria do judiciário brasileiro está desrespeitando princípios constitucionais e decisões da ONU das quais o Brasil é signatário, numa clara perseguição ao ex-presidente Lula, com o propósito de excluí-lo das eleições 2018, pois o mesmo representa a esperança, para a maioria do povo brasileiro, de reverter a perda de direitos conforme atestam todas as pesquisas eleitorais;

3. Os cortes no orçamento das políticas públicas de desenvolvimento da agricultura familiar, reforma agrária e políticas sociais estão impactando negativamente no acesso a terra, ao crédito, ATER, produção e comercialização, bem como reduzindo a oferta de serviços essenciais como saúde, educação, habitação e segurança para todos os(as) trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares;

4. Diversos candidatos e candidatas estão alinhados (as) com a agenda do golpe e seus idealizadores, cujos programas de governo informam a manutenção e até a ampliação da ofensiva contra os direitos da classe trabalhadora, em especial da agricultura familiar;

5. O programa apresentado pela chapa “O Povo Feliz de Novo” composta pelos partidos PT/PCdoB/PROS com apoio do PSB é quem mais se aproxima do que o Sistema Confederativo CONTAG, historicamente, tem proposto em seu Projeto Político – o PADRSS. Representa alternativa concreta contra a agenda do golpe e que, inclusive, incorporou ao programa de governo sugestões apresentadas pela CONTAG: proposta geral para um novo projeto de Brasil integrando a agricultura familiar com políticas para o desenvolvimento contemplando reforma agrária, meio ambiente, políticas sociais, politica agrícola, valorização dos sujeitos do campo, floresta e águas no processo de construção e efetivação do desenvolvimento sustentável;

6. Ao longo da análise e do debate do cenário nacional, o Conselho Deliberativo da CONTAG, reafirmando o compromisso histórico do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) na luta pela democracia, justiça, liberdade e pela melhoria da qualidade de vida para nossa categoria, optou por defender a garantia do direito de o ex-presidente Lula ser candidato por não terem apresentado provas concretas dos crimes a ele atribuídos e por considerar que os governos do PT foram os que mais investiram em políticas e programas de inclusão social, os quais atenderam um considerável contingente de trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares;

7. A luta do MSTTR não começa nem termina nas eleições. Porém, diante da situação atual da luta de classes, a retomada de um novo ciclo de democracia, justiça social, paz, desenvolvimento, inclusão e recuperação da soberania nacional começa por combater, nas urnas, candidaturas ultraliberais e por investir em lutas e mobilizações visando o pleno restabelecimento da democracia, dos direitos e conquistas.

A reunião com as Federações neste dia 11 de setembro de 2018, conforme determinação do Conselho Deliberativo da CONTAG de 26.07.2018, frente ao compromisso histórico da CONTAG assumido ao longo dos anos perante a sociedade e, sobretudo, o conjunto da classe trabalhadora, aprova a seguinte resolução:

I. Reafirmar o total apoio político, dentro do que prevê a legislação eleitoral, às candidaturas orgânicas ao MSTTR e àquelas comprometidas com o nosso Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS) para as Assembleias Legislativas e o Congresso Nacional;

II. Apoio político da CONTAG, já no primeiro turno das eleições, à candidatura de Haddad/Manuela à Presidência da República, respeitando a persidade de opinião e a legislação eleitoral, por entender que esta candidatura está alinhada com o desenvolvimento sustentável, a soberania nacional, a agenda da classe trabalhadora e da maioria do povo brasileiro e, sobretudo, com a defesa e valorização da agricultura familiar, compromissos estes já assumidos durante as gestões dos governos Lula e Dilma.

Brasília – DF, 11 de setembro de 2018.

FONTE: Direções da CONTAG e Federações

A Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Piauí (FETAG-PI), através de seu Secretário de Jovens, Francisco de Assis e o Coordenador do Pólo Regional de Esperantina, Marciano Pereira, empossou neste domingo (09/09) a nova Diretoria Efetiva e Conselho Fiscal do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) do município de Porto, região Norte do Estado.

A solenidade foi realizada no Clube de Eventos Marruás e contou com várias lideranças sindicais da região. Ex-secretário de Formação da FETAG-PI e atual prefeito de Nossa Senhora dos Remédios, Manoel Lázaro, Presidente do STTR de Nossa Senhora dos Remédios e vereador, Zé Salmo, dentre outras autoridades.

Manoel Lázaro destacou a importância do MSTTR. “Somos a raiz deste país, porque somos forte, mas para isso precisamos permanecer unidos, pois só assim garantiremos nossos direitos que vêem sendo violados por esse governo ilegítimo”, afirmou o prefeito.

O Secretário de Jovens da Federação disse que a entidade estará sempre disponível para o STTR de Porto e desejou um bom trabalho para nova diretoria empossada.

Francisca das Chagas Silva Oliveira (Kinha) reeleita presidente falou pela diretoria. “Estamos cientes do nosso trabalho e afirmo aqui, o compromisso desta diretoria junto aos nossos sócios que confiaram em nossa capacidade e acredito que juntos faremos uma grande gestão”, frisou.

A nova Diretoria e Conselho Fiscal do STTR de Porto foram empossados para o quadriênio 2018/2022.

FONTE: Assessoria de Comunicação da FETAG/PI – Paes Landim.

 

É com grande pesar que a Diretoria da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Piauí (FETAG/PI), lamenta profundamente e se solidariza à família e aos amigos do incansável e aguerrido João Borges Leal, mais conhecido como Joãozinho do Paraguai, que faleceu nesta terça-feira (04), em Teresina, em decorrência de um câncer.