Não fique em silêncio

Terça, 18 Mai 2021 19:04

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes é celebrado em 18 de maio. A data foi escolhida como dia de mobilização contra a violência sexual porque em 18 de maio de 1973, na cidade de Vitória/ES, um crime bárbaro chocou todo o País e ficou conhecido como o “Caso Araceli”. Esse era o nome de uma menina de apenas oito anos de idade, que teve todos os seus direitos humanos violados: foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta da capital capixaba.

A proposta anual da campanha, que neste ano comemora o 21º ano de mobilização, é destacar a data para mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da luta em defesa dos direitos de crianças e adolescentes. Nossa mobilização esse ano será virtualmente, assim como no ano de 2021, devido à pandemia da Covid- 19.

Assim como o ano de 2020, esse é um ano de grandes desafios no Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes.

De acordo com Luiza Teixeira, especialista de proteção da criança e do adolescente no Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a pandemia é um momento sem precedentes, que acabou colocando diversas crianças e adolescentes em um confinamento social junto com os seus abusadores.

Segundo dados de 2018 coletados pelo Disque 100, em mais da metade dos casos de violência contra criança, o agressor é alguém do círculo familiar, ou seja, a infância tem sido violada no convívio familiar. No Brasil, 90% dos casos de violência sexual e outros tipos de violência contra crianças e adolescentes ocorrem no ambiente familiar, praticados por quem tem o dever legal de proteger a vítima, mas acaba sendo o seu algoz.

Por isso, nesse cenário social de pandemia da Covid-19, precisamos massificar a Campanha Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes.

Não fique em silêncio. Não se cale. Quem não denuncia, também violenta e quando você denúncia é uma criança menos que sofre. Denuncie nos Conselhos Tutelares, CRAS, CREAS, Delegacias de Polícia e Ministério Público.

FONTE: Secretaria de Políticas Sociais da FETAG-PI e CONTAG