Nota da FETAG-PI sobre os índices elevados de queimadas na Amazônia

Segunda, 26 Agosto 2019 14:56
A Amazônia hoje encontra-se mais ameaçada do que nunca, devido a política do atual governo que prioriza o desmatamento para gerar lucros ao agronegócio. Essa mesma política em nome do desenvolvimento econômico ignora a cultura ancestral dos povos do território amazônico comprometendo a sua sobrevivência.
 
De todas as maldades desse governo uma precisa ser imediatamente enfrentada, ou seja, a prevenção às queimadas em todos os biomas. Ou agimos agora ou as consequências da nefasta política ambiental para a humanidade vai comprometer o destino das gerações futuras.
 
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram registrados 74.155 incêndios na Amazônia desde janeiro, um aumento de 85% em relação ao mesmo período de 2018.
As queimadas sempre ocorreram na Amazônia, porém, o que está acontecendo no Brasil é uma verdadeiro desmonte da política ambiental do país, com destaque ao bloqueio de R$ 288 milhões do Governo Alemão e da Noruega ao Fundo da Amazônia, pelo governo Bolsonaro, comprometendo as fiscalizações e o desmatamento, a prevenção as queimadas dentre outras ações.
 
Somando a isto, há que se destacar a omissão do Governo as ações criminosas na floresta que vão além das queimadas, como por exemplo, a invasão aos territórios indígenas e nos demais biomas, o ataque às populações tradicionais.
 
Apesar da reação da comunidade internacional em relação às queimadas na floresta amazônica, a sociedade brasileira precisa ter consciência das palavras do índio Kariri Xoco, que enfatiza que é preciso “Descolonizar a mente, ir aonde o povo está e considerar teoria e prática como indissociáveis”. Somente o investimento em educação política e ambiental poderá salvar o mundo.
 
A FETAG-PI e seus Sindicatos reforçam a urgente necessidade de unir esforços com os demais movimentos sociais do campo e da cidade em defesa dos biomas, em especial, a Caatinga e os Cerrados que como a Amazônia também vem sofrendo as consequências da intencional política ambiental do Governo que prioriza unicamente os interesses do capital agroindustrial e financeiro, como bem destaca a Secretária de Meio Ambiente e de Convivência com o Semiárido da Federação, Maria Betânia.
 
Sem florestas.... não há vida, a FETAG-PI chama atenção para o que está em jogo.
 
FONTE: Secretaria de Meio Ambiente e Convivência com o Semiárido da FETAG-PI
Última modificação em Segunda, 26 Agosto 2019 15:40