Marielle era uma jovem, mulher, mãe, negra, periférica, feminista, lésbica e ativista social que, corajosamente, denunciava o genocídio sofrido pela juventude negra em nosso país. Mestra em sociologia, moradora do Complexo da Maré e quinta vereadora mais votada do Estado do Rio de Janeiro, Marielle ficou conhecida por suas posições contrárias ao machismo, racismo, lesbofobia e em defesa dos Direitos Humanos.

No último sábado (10), em seu perfil nas redes sociais, a vereadora manifestou sua posição contra a ação de policiais do 41º BPM (Batalhão da Polícia Militar) de Acari. Há duas semanas, assumiu a função de relatora da Comissão da Câmara de Vereadores, sobre a Intervenção Federal no Rio de Janeiro e suas conseqüências para os moradores daquelas comunidades, que diariamente tinham seus direitos violados. 

A morte da vereadora Marielle Franco, vai além de uma execução, é uma violência simbólica à representatividade da mulher negra na política, da luta de tantas maiorias, que muitas vezes são chamados de minorias e escória da sociedade. Por isso, reafirmamos nosso total repúdio a todas as formas de violência no campo ou na cidade, contra aqueles e aquelas que militam nos movimentos sociais, e lutam por igualdade, respeito, segurança, cidadania e direitos.

Portanto, reivindicamos uma apuração imediata e rigorosa desses crimes hediondos, para que os responsáveis sejam punidos na forma da lei e para que os corações de familiares e amigos possam ser acalmados, apesar de que essa dor e revolta nunca serão esquecidas.

Nossa solidariedade à família, amigos e companheiras/os dessa forte lutadora que era Marielle e do Motorista, Anderson Gomes.

Nenhuma vida será esquecida!

#MariellePresente

#AndersonPresente