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A Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Piauí (FETAG-PI) através da Presidente e Deputada Estadual (PCdoB), Elisângela Moura, do Secretário de Política Agrícola, Elvis Veras e do Coordenador do Polo de Teresina, Domingos Irineu, participou nesta sexta-feira (19) no município de Monsenhor Gil, na sede do STTR, da solenidade de assinaturas do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR).

Nos dias 13 e 14 de agosto, Brasília vai parar para escutar a voz de milhares de trabalhadoras do campo, da floresta, das águas e da cidade que lutam por um Brasil com soberania popular, democracia, justiça, igualdade e livre de violência. 

 

São Margaridas agricultoras familiares, indígenas, quilombolas, ribeirinhas, pescadoras, marisqueiras, geraizeiras, quebradeiras de coco babaçu e extrativistas que vêm de todos os ecossistemas do Brasil e da América Latina até Brasília para apresentar uma plataforma política em defesa da classe trabalhadora, e principalmente das mulheres.      

 

Até chegarem a Brasília, as mulheres se reúnem em suas bases, Sindicatos, comunidades, associações, assentamentos para discutir sobre os principais temas que dizem respeito as suas vidas. Um desses temas ou eixo político é a luta “Por Democracia com Igualdade e Fortalecimento da Participação Política das Mulheres”. 

 

 

ENTREVISTA

Para aprofundar um pouco sobre o tema: “Por Democracia com Igualdade e Fortalecimento da Participação Política das Mulheres”, a equipe de Comunicação da Marcha das Margaridas conversa com a atual presidenta da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Piauí (FETAG-PI) e recentemente empossada deputada estadual na Assembleia Legislativa do Piauí, Elisângela Moura. A liderança sindical e parlamentar piauiense esteve presente em todas as edições da Marcha das Margaridas. 

 

 

Comunicação Marcha- Por que as Margaridas marcham por Democracia com Igualdade e Fortalecimento da Participação Política das Mulheres? 

Deputada Elisângela Moura- “Estamos vivendo um momento de muita descrença na política devido a todos os fatos que vêm acontecendo (golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, a prisão política do ex-presidente Lula, e a atual implantação de um governo conservador e machista). Diante deste cenário de fragilização da Democracia e retrocessos de direitos, nós, as mulheres do campo, da floresta e das águas, somos convocadas para ocuparmos lugares estratégicos nos cargos do Executivo e do Legislativo, e sermos peças fundamentais para retomarmos os rumos do Brasil”. 

 

Comunicação Marcha- Muito preconceito? 

Deputada Elisângela Moura- “O preconceito é um enfrentamento constante. A gente percebe o olhar de algumas pessoas se perguntando se isso procede e se é verdade... Mesmo com esses olhares, fui a primeira mulher a ocupar a presidência da FETAG-PI e a primeira deputada estadual agricultora familiar a chegar à Assembleia Legislativa. Estamos nesse espaço para reafirmar o compromisso junto à classe trabalhadora e manifestar a importância da participação das mulheres no parlamento. Portanto, aconselho as mulheres que queiram participar da política que sigam em frente e não desistam”. 

 

Comunicação Marcha- A luta por democracia está diretamente ligada a luta por igualdade e participação política das mulheres?

Deputada Elisângela Moura- “Se falamos em Democracia, afirmamos a igualdade e a paridade. Assim, só teremos um Brasil democrático e igual, quando desde o nosso parlamento, tivermos a mesma quantidade de deputados e deputadas, de senadores e senadoras. O que ainda está distante de ser uma realidade. Dos 81 senadores, temos 74 homens e 7 mulheres; Dos 513 deputados federais,  436 são homens e 77 mulheres. O cálculo da desigualdade entre homens e mulheres no Congresso Nacional, apontam que as Margaridas têm um longo caminho na luta por voz e vez”.  

     

Comunicação Marcha- Apesar das barreiras, há avanços?

Deputada Elisângela Moura- “A luta das mulheres teve uma grande conquista que se deu no sistema político eleitoral: Com o cumprimento, pelos partidos políticos e legendas, da cota de, no mínimo, 30% de candidatas mulheres aos cargos de deputadas(os) estaduais ou distritais, federais e vereadoras(es), e a destinação de 30% dos recursos do fundo eleitoral para candidaturas de mulheres, aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral, em 2018. Outro avanço se deu dentro do Movimento Sindical de Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais (MSTTR), com a aprovação da paridade de gênero nos espaços deliberativos do sistema CONTAG. 

 

A deputada encerra sua fala relembrando a escritora Simone de Beauvoir: "É pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separava do homem, somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência concreta”. E a Marcha das Margaridas é exemplo deste trabalho incansável e da força política que nasce da organização das mulheres rurais, como ação fundamental da luta por igualdade, democracia e por melhores condições de participação política.

 

FONTE: Comunicação Marcha das Margaridas 2019 - Roana Wrsula

A Superintendência do Incra no Piauí foi escolhida para elaborar o projeto-piloto da Operação Luz no Fim do Túnel, que tem como objetivo emitir 25 mil Títulos Definitivos às famílias assentadas no Nordeste até o final do ano, além da liberação de créditos nas modalidades Apoio Inicial e Habitação. Para realização da ação, o Incra/PI recebeu, na manhã desta quarta-feira (17), dois veículos, modelo picape cabine dupla, cedidos pela Superintendência do Incra em Pernambuco que ajudarão na parte logística.

“Além das viaturas que foram incorporadas à nossa frota, também conseguimos adquirir com a Sede do Incra em Brasília (DF) dois tablets que, junto aos três já existentes na Superintendência Regional (SR), serão utilizados para a inserção de dados no Sistema Nacional de Supervisão Ocupacional”, informa o superintende do Incra/PI, Sérgio Ricardo Viana.

A Operação Luz no Fim do Túnel foi lançada no período de 9 a 11 de julho, semana em que o Incra comemorou seus 49 anos de existência. As ações no Piauí iniciam ainda esse mês, com o deslocamento da equipe técnica para o município de São Raimundo Nonato, onde será feito o levantamento topográfico e a supervisão ocupacional nos assentamentos Serra dos Gringos e Fazenda Lagoa.

“O Piauí foi escolhido para desenvolver o projeto-piloto pelos bons resultados obtidos na última avaliação institucional, atingindo 100% das metas estabelecidas. A presidência do Incra está com esforços voltados para essa operação, com o objetivo de expandi-la para todo o Brasil de forma objetiva, estratégica, com o menor custo e maior resultado”, afirma Viana.

Ainda de acordo com o superintendente, a parte topográfica será feita com o uso de Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants) e na etapa seguinte ocorrerá a liberação do Crédito Habitação para a construção de 122 casas no assentamento Serra dos Gringos, totalizando um investimento de R$ 4,15milhões e a emissão de títulos definitivos nos assentamentos.

Para o Secretário de Política Agrária da FETAG-PI, Devaldo Nunes, as duas áreas que serão beneficiadas fazem parte do Sistema Sindicatos/Fetag/Contag que vem trabalhando em parceria com o Incra Estadual em busca da concretização de políticas públicas voltadas para os assentados da Reforma Agrária.

“Com essa nova Operação Luz no Fim do Túnel do Governo Federal trará agilidade nas demandas dos assentamentos do Incra no Piauí e a Fetag/Sindicatos e associações estarão sempre dialogando com a Superintendência do Incra para que outros assentamentos possam ser beneficiados trazendo dignidade a vida dessas famílias”, pontuou.



FONTE: INCRA

A Secretária de Políticas Sociais da FETAG-PI, Maria Barros, Secretário de Finanças, Evandro Luz, Secretário de Jovens, Di´Assis e o Assessor Rosalvo Lopes participam desde ontem (16), em Brasília, juntamente com vários representantes das secretarias de Políticas Sociais e das secretarias de Finanças e Administração de todas as federações de vários debates sobre os desafios impostos pela atual conjuntura política do Brasil - que estão sendo realizados no Centro de Estudos Sindicais da CONTAG, o Seminário Nacional: novas configurações do governo federal para políticas sociais do campo e também a Oficina Nacional de autoformação em gestão administrativa e financeira. A oficina vai até amanhã (18).

Ontem (16), os 55 participantes do Seminário e os 52 participantes da Oficina tiveram programação conjunta no auditório Margarida Alves, para discutir temas como CNIS Rural, CAPEF, DAP, assim como INSS digital, Meu INSS e também sobre Fundo de Amparo. Para o secretário de Administração e Finanças da CONTAG, Juraci Souto, todo o movimento sindical deve se unir na defesa dos direitos dos(as) trabalhadores rurais para garantir que o campo continue a ser um lugar de vida, produção, cultura e desenvolvimento.

Para basear as reflexões e discussões, a secretária de Políticas Sociais da CONTAG, Edjane Rodrigues, e o assessor da secretaria Evandro Morello, realizaram uma análise de conjuntura trazendo os impactos da reforma da previdência para os trabalhadores e trabalhadoras rurais, e também sobre os desdobramentos da realização das primeiras Oficinas de Base. “Tudo o que discutimos aqui têm importância fundamental para nossa luta. Mas só vale a pena debater se houver encaminhamentos práticos em nossas bases”, afirmou Edjane Rodrigues.

FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Lívia Barreto