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A região central de Brasília amanheceu ocupada por mulheres. Logo cedo no dia 16, cerca de 100 mil margaridas participantes da 7º Marcha das Margaridas 2023 que saíram do Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade em caminhada sentido à Esplanada dos Ministérios.

Na passeata a FETAG-PI levou mais de 1250 mulheres piauienses agricultoras com suas faixas, cartazes, camisas, cantos, poemas, batuques e muita energia, caminharam por mais de seis quilômetros destacando as suas bandeiras de luta, a sua vontade de permanecer no campo e de reconstruir o País. Foram dias incansáveis de trabalho que iniciaram ainda no domingo e finalizou na madrugada de sexta-feira (18), com o retorno das delegações para o Piauí.


Na marcha, havia margaridas e cravos, pois, os homens também participaram.  O tema “Pela Reconstrução do Brasil” foi repetido persas vezes ao longo do percurso, bem como o apoio da população, com acenos, buzinaços e aplausos.

 Às 11h as margaridas foram recebidas pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva que atendeu as pautas de reivindicações e assinou oito decretos no encerramento. Um dos momentos especiais do ato foi a assinatura dos decretos. Alguns dos representantes fizeram o anúncio das principais medidas já no palco.



“Os poderosos, os fascistas, os golpistas podem matar uma, duas ou três margaridas, mas jamais evitarão a vinda da primavera”, disse Lula em seu pronunciamento. Ao final da caminhada, em frente ao Congresso Nacional, foi realizado o ato político com falas de persos parlamentares, do dirigente da CONTAG, Aristides Santos e da secretária de mulheres da CONTAG, Mazé Morais.

“Com coração cheio de gratidão, em nome da FETAG-PI, fazer os agradecimentos a todas as pessoas que nos apoiaram nessa construção, mobilização e realização dessa Grande Marcha das Margaridas de 2023. O Piauí participou com uma caravana com 25 ônibus que se somou as margaridas que vieram de todo o país e de mais 32 organizações internacionais. Foi uma marcha das Margaridas esplêndida, grandioso e sobretudo politicamente positiva para nossa luta, dos movimentos sociais, do movimento sindical dos trabalhadores rurais e da luta das mulheres”, definiu nome a secretária de mulheres da FETAG-PI, Marlene Veloso que esteve à frente da Marcha no Piauí.

“O governo Lula nos deu respostas em relação às nossas pautas de reinvindicações, tivemos medidas lançadas pelo Governo como o Pacto nacional de prevenção ao feminicídio, programa bolsa verde, assistência técnica e extensão rural agroecológica no semiárido, programa para mulheres rurais dentre outras ações importantes. Serão lançados oito novos assentamentos beneficiando mais de 50 mil famílias assentadas e 40 mil outras regularizadas, esses são apenas alguns dos pontos. Avaliamos como muito positivo, gratidão e seguiremos nossa luta nos nossos estados pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver”, avaliou Marlene Veloso.

Para a FETAG-PI a Marcha das Margaridas foi bastante positiva e trará ainda mais resultados, é o que pontuou o presidente da FETAG-PI, Antônio José. “Nós, do Piauí, avaliamos como positiva a participação com mais de mil mulheres e 25 ônibus do Piauí. Tivemos uma boa recepção pela nossa CONTAG em Brasília, marcha comandada pela nossa secretaria de mulheres da CONTAG, Mazé Morais com a presença desse país todo. Muito positiva também a recepção do nosso presidente Lula junto da primeira dama Janja que marchou conosco até o final, disse.

 “Também foi mais positiva porque o presidente assinou oito decretos importantíssimos para nós, inclusive decretos de investimentos para agricultura familiar e potencializando a fortalecendo a mão de obra da mulher na agricultura família com os quintais produtivos, os GTs que vão trabalhar o combate à violência contra às mulheres, o bolsa verde que voltou mais uma vez, a criação de novos assentamentos e isso para nós foi muito importante, parabenizamos nossa secretária Marlene Veloso, deputada Elisângela Moura, toda equipe e a resposta do presidente Lula que nos deixou satisfeito desse momento importante para o Brasil”, pontuou Antônio José.


Pacote

No Plano Emergencial de Reforma Agrária anunciado pelo chefe do Executivo, a pontuação para famílias chefiadas por mulheres no processo de seleção para ter acesso à terra será dobrada.

Lula também assinou decretos na solenidade promovida na Praça dos Três Poderes durante a Marcha, retomando ou instituindo iniciativas de governo para as mulheres:

– Programa Quintais Produtivos para promover a segurança alimentar e nutricional de mulheres rurais;

– Seleção de famílias e retomada da reforma agrária;

– Comissão de enfrentamento à violência no campo;

– Grupo de trabalho interministerial para o Plano de Juventude e Sucessão Rural, destinado a oferecer serviços públicos para a população jovem da agricultura familiar e ampliação das oportunidades de trabalho e renda para esse público;

– Programa Nacional de Cidadania Bem Viver para as Mulheres Rurais, para retomada de programa nacional de documentação da trabalhadora rural;

– Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios;

– Retomada da Política Nacional para os Trabalhadores Empregados, para fortalecer os direitos sociais desses operários; e

– Retoma o Programa Bolsa Verde, que faz pagamentos a famílias de baixa renda inseridas em áreas protegidas ambientalmente.

Lula disse que os anúncios são uma resposta às prioridades definidas pelo movimento das trabalhadoras rurais e convergem para a autonomia econômica e inclusão produtiva delas.


Ao final a secretária de Mulheres da CONTAG e o presidente Lula encerraram a Marcha com sentimento de dever cumprido e ressaltando o protagonismo das mulheres.

No país, a marcha é realizada a cada quatro anos para lembrar a morte da líder sindical Margarida Alves, assassinada em 1982. Na época, ela denunciava usinas que não respeitavam os direitos dos trabalhadores rurais.

Fotos: Geirlys Silva / Comunicação FETAG-PI/ Vanderson de Paulo.

A Diretoria da FETAG-PI juntamente com 60 delegados representantes da Agricultura Familiar, estão participando do 14ª CECUT-PI, Congresso da Central única dos Trabalhadores (CUT), que acontece dias 10 e 11 de agosto, no Centro de Formação, na Vila Operária, em Teresina. Este ano o CECUT traz o lema “Luta, Direitos e Democracia que Transformam Vidas”.

A abertura reúne mais de 200 delegados/as. O encontro irá eleger a nova direção estadual e definirá o plano de lutas e as estratégias para o período de 2023 a 2027. Estão sendo discutidas as estratégias de lutas que norteará os próximos quatro anos e deliberações do estatuto que serão levadas para o Congresso Nacional da CUT.

Convidado para a mesa de honra, o Presidente da FETAG-PI, Antônio José apontou a importância de ampliar a unidade dos trabalhadores e trabalhadoras.

“Estamos aqui reunidos, campo e cidade, a agricultura familiar, servidores públicos e privados e queremos construir um grande documento que com certeza vai fortalecer os trabalhadoras e trabalhadores. Queremos reivindicar também por mais saúde de qualidade, mais educação, esporte, de forma que é um conjunto de ações que essa Central que é uma das maiores da América Latina nos representa”, disse.


O 14º CECUT marca a comemoração dos 40 anos de luta e resistência da CUT. O presidente da CUT-PI, Paulo Bezerra, relatou que o CECUT reuni mais de 200 delegados e delegadas do campo e da cidade, dos setores público e privado, e conta com a presença de representante nacional da CUT. 

“Queremos construir a luta de classes e uma sociedade trabalhadora, quero destacar que a composição feita na direção da nossa central foi de consenso de todos e todas, e aprovada devidamente pelas representatividades dos sindicatos de várias categorias presentes durante esse congresso, então só tenho que agradecer pela confiança de mais uma missão que cabe não só a mim como presidente, mas se estende a toda diretoria”, destacou.

Estiveram presentes representando a FETAG-PI, o Vice-presidente da FETAG-PI, Evandro Luz, Secretário Geral, Diasssi Aguiar, Deputada Estadual, Elisângela Moura, Secretária de Formação e Organização Sindical, Lucilene Ferreira.


O Congresso tem o papel de atualizar as estratégias de luta, definir as novas direções e os delegados e delegadas que representarão os estados no 14º Congresso Nacional da Central (CONCUT), marcado para ocorrer entre os dias 19 e 22 de outubro, em São Paulo com o tema “Luta Direitos e Democracia que Transformam Vidas!”.

Além disso, o encontro também definirá a nova direção nacional da Central que comandará a entidade de 2023 a 2028.

 

Com lema “Margaridas em Marcha pela Reconstrução do Brasil e Pelo Bem Viver”, acontece nos dias 15 e 16 de agosto de 2023, em Brasília/DF, a maior ação política de mulheres da América Latina com protagonismo das mulheres do campo, da floresta e das águas: a Marcha das Margaridas 2023.

A capital do Brasil receberá mais de 100 mil mulheres nesta 7ª edição. A Marcha das Margaridas é um evento de grande repercussão nacional e internacional, fomenta desde o ano 2000, objetivo dar mais visibilidade, reconhecimento político e social, cidadania e autonomia econômica para as mulheres, luta por igualdade e liberdade, além de denunciar a exploração, a violência e o machismo nas sociedades do mundo inteiro. 

A ação estratégica é realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG), Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Piauí (FETAG-PI), outras Federações e Sindicados filiados, com o apoio de várias organizações parceiras.

Este ano, a FETAG-PI levará um total de 25 ônibus de todas as regiões do Estado, o que equivalerá a mais de 1250 mulheres trabalhadoras rurais piauienses no ato. A FETAG-PI teve apoio do Governo do Estado e deputados estaduais que ajudaram em parte do custeio dos ônibus.

“Esse ano estamos em um cenário de um governo popular, democrático e estamos nos organizando em Caravanas aqui no Piauí. A Marcha das Margaridas reafirma a nossa força, a nossa luta e quero contar com cada uma das companheiras nesse processo. Teremos grande participação com 25 ônibus saindo de todas as regiões do nosso Estado rumo à Brasília”, afirmou secretária de Mulheres da FETAG-PI, Marlene Veloso.

Apesar do Ato Oficial acontecer em agosto, a Marcha das Margaridas é realizada a cada quatro anos entre uma edição e outra. Nesse caminhar as mulheres se reúnem nas suas comunidades rurais para refletir, debater e propor sobre seus desafios e anseios. Juntas elas levaram suas pautas de reivindicações ao Governo Federal para que sejam atendidas.

Todas são Margaridas! São a luta de Margarida Maria Alves!

Realizada desde o ano 2000, a Marcha recebe o nome da líder sindical e trabalhadora rural Margarida Maria Alves, assassinada no dia 12 de agosto de 1983, em Alagoa Grande/PB, porque lutava pelos direitos de trabalhadores (as) que eram explorados (as) por usineiros e latifundiários da região do Brejo Paraibano. Seu nome se tornou um símbolo nacional de força e coragem para todas as mulheres e homens do campo.

Informação à Imprensa:

Assessoria de Comunicação da FETAG-PI

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Instagram: @fetagpiaui

 

Apoio de imagens

https://www.youtube.com/watch?v=A1KFF1BcY_0

https://www.youtube.com/watch?v=a4a-VROyrGs

COMUNICAÇÃO FETAG-PI/ Vanderson de Paulo.

O presidente do STTR de Pio IX, Erinaldo Andrade levou a público nas redes sociais um vídeo que mostra as percas da safra do Caju. Desde 2019, quando chega no pico da safra, a agroindústria não consegue absorver essa produção no Estado.

“Pio IX é hoje o maior produtor de caju do estado do Piauí, temos mais de 24 mil hectares de caju em produção. E as nossas agroindústrias continuam as mesmas desde 2010 para traz, enquanto a nossa produção de caju aumenta cada vez mais, as agroindústrias continuam as mesmas. Enfrentando problemas com a queda de preço, o produto estava vendendo uma caixa de caju de 20kl na semana anterior de $14 reais, quando foi na segunda-feira já estava de 10$, na sexta-feira $9 e ainda foi limitado a quantidade de caixas que cada produtor tinha direito”, questionou Erinaldo Andrade.

De acordo com o presidente do STTR de Pio IX, o que foi mostrado no vídeo é apenas a ponta do iceberg, a perca foi bem maior que aquilo.


“No vídeo foi apenas 100 caixas que o comprador pegou em uma comunidade de assentamento, comprou, levou e a fábrica não conseguiu absorver, e ele teve que devolver e foi colocado para secar para ração. O produtor está pagando esse preço, e tendo prejuízo por não conseguir vender ao seu produto por um preço razoável. E muito caju ainda na roça que está sendo perdido por conta disso. A questão da comercialização é um problema muito grande. Não conseguimos mandar esse produto ‘para fora’. Temos algumas produções da cajuína, mas que ainda são pouquíssimas”, reclamou.

Para solucionar o problema, Erinaldo Andrade aponta que são precisas iniciativas de todas as formas - ações de governo, pulgação ou investimentos de empresários no município.
 

“Somos um povo trabalhador que luta diariamente em função do nosso produto, de melhorias.! É o sonho do produtor que luta o ano todo, o resultado da safra, só estamos perdendo da forma que está sendo, fica lamentável e desestimulante”, finalizou.

 

Com informação do STTR de PIO IX.

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