A Secretária de Políticas Sociais da FETAG-PI, Maria Barros, esteve na manhã desta terça-feira (20), no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), que é uma ramificação da Secretaria Estadual de Saúde do Piauí (Sesapi).
O encontro teve como objetivo comemorar os 15 anos da Implantação da Política de Saúde do Trabalhador no Piauí e a criação do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest). Na ocasião aconteceu o Lançamento da Campanha #SejaPHINO 2019 que tem como significado ser Preventivo, Habilidoso, Informativo, Notificador e Observador, em outras palavras, essa é uma campanha de sensibilização para condutas de redução dos riscos necessários à saúde e segurança da população, bem como a Segurança do Paciente e Trabalhador da Saúde.
Durante o evento aconteceu uma palestra sobre “Saúde e Segurança do Trabalhador no Brasil”, com o Dr. Francisco Luís Lima. Na oportunidade, foi apresentado dados importantes em relação a saúde dos trabalhadores no campo urbano e rural, informações históricas a respeito do uso dos agrotóxicos e uma linha do tempo contextualizando a utilização desses até atualidade. Francisco Luís ainda mencionou que o atual governo não se preocupa no que refere-se a liberação desses produtos nocivos à saúde do homem, pois existe uma flexibilização cada vez maior desses referente a essa conjuntura.
O palestrador fez muitas críticas ao agronegócio e defendeu a Agricultura Familiar como modelo de produção, uma vez que é essa que produz alimentos saudáveis e o agronegócio é apenas marketing do capital.
Segundo as pesquisas apresentadas pelo Dr. Francisco, aparentemente, até 2020 o número de pessoas com depressão, problemas mentais e câncer irão superar as demais doenças em todo o mundo e isso se dará aceleradamente devido ao uso de alimentos contaminados por veneno. Ele também apresentou tabelas quanto ao uso de aplicação de veneno nos alimentos e suas consequências maléficas a população e dentre essas, citou o câncer e as mutilações. Vale lembrar que o Brasil é o 4º país do mundo em acidente de trabalho com, aproximadamente, 17 mil óbitos.
Outra crítica exteriorizada pelo profissional é como a saúde vem sendo tratada no Brasil, uma vez que essa é entendida como política partidária em vez de política pública de Estado.
Para Maria Barros, a palestra do Dr. Francisco Luís Lima é de grande valor, pois trouxe dados muito significativos e ainda enunciou o que a mídia não mostra sobre o agronegócio, assim como a todo o momento tenta maquiar os seus prejuízos com relação ao meio ambiente e os riscos à saúde humana.
“Foi um momento rico e gratificante porque ouvir a fala do profissional e visualizar esses dados de forma tão precisa apenas comprova que o agronegócio de fato não trouxe desenvolvimento para o campo”, pontuou a Secretária de Políticas Sociais da Fetag-Pi.