15 de novembro de 2024
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STTR de Teresina promoveu debate sobre a Reforma da Previdência em encontro alusivo ao Dia Internacional da Mulher

Para comemorar conquistas mas também reivindicar a continuidade da garantia de direitos para as mulheres trabalhadoras rurais, foi que o STTR de Teresina promoveu na manhã desta sexta-feira (15), no auditório da sede, um grande encontro em alusão ao Dia Internacional da Mulher, comemorado na última sexta (08 de março), onde reuniu mais de 130 trabalhadoras e trabalhadores de toda capital.

A atividade teve como objetivo debater sobre os direitos das mulheres, dizendo não ao machismo, feminicídio e toda forma de violência que atinge a mulher, e ainda mostrar a indignação da classe trabalhadora rural em relação à Reforma da Previdência e as MP´s 871 e 873 ambas de 2019, que atingem principalmente a população do campo.

A FETAG-PI esteve representada através da Vice-Presidente Lucilene Ferreira, da Secretária de Mulheres Marlene Veloso e dos Assessores Simão Oliveira e Regirlane Silva.

O encontro contou com a presença de toda diretoria do STTR de Teresina, representados na mesa pelo presidente, Rivaldo Cruz, pela Secretária de Gênero e Geração, Rosângela Souza, Vice-Presidente, Ana Cláudia e Secretária de Finanças, Teresinha Sousa, Secretária de mulheres da CUT-PI, Toinha, Diretora de articulação da Coordenadoria de Estado de Política para as mulheres, Zefinha e Deputado Federal, Assis Carvalho.

“Todo dia deveria ser o dia da mulher, por sermos mulheres aguerridas e de luta. Hoje não estamos comemorando mas reivindicando direitos, principalmente em defesa da vida das mulheres contra todo tipo de violência, pois a violência atinge a alma, destrói os sonhos, a dignidade e a autoestima das mulheres, temos que refletir sobre nossa sociedade, temos que respeitar as nossas mulheres, principalmente as que se encontram em situações mais vulneráveis e temos que sempre buscar políticas públicas para esse público”, pontuou a Vice-Presidente Lucilene Ferreira.

O presidente do STTR de Teresina, Rivaldo Cruz, agradeceu de modo especial a presença de todas as agricultoras e agricultores que se fizeram presentes nesta grande assembleia, que além de comemorar a passagem do mês da mulher e suas conquistas, debate ainda sobre a Reforma da Previdência e os impactos para os rurais, principalmente para as mulheres do campo.

Para a Secretária de Mulheres, Marlene Veloso a data não é motivo de comemorações, mas sim de reflexões e manifestações diante do que está sendo posto pelo Governo Federal, inclusive para as mulheres. “Hoje era para ser um dia de comemoração, de alegria, porém diante de tanta violência doméstica, feminicídio e opressão contra as mulheres e as retiradas de direitos que estamos sofrendo desde o golpe dado contra nossa presidenta Dilma, agora estamos aqui mais uma vez lutando para barrarmos a Reforma da Previdência e as MP´s 871 e 873 proposta pelo Governo Federal, com o intuito de desmobilizar e enfraquecer nossos sindicatos e ainda acabar com a aposentadoria para os que mais precisam. Precisamos andar unidos e ninguém soltar a mão de ninguém, pois juntos somos mais fortes e eles não vão calar nossa voz”, disse.

A data serve também, para mobilizar as companheiras e os companheiros para a 6° Marcha das Margaridas, que será realizada em Brasília, em agosto de 2019. Em todo o Brasil, mulheres já iniciaram mobilizações, processos de articulação e de parcerias rumo à Marcha.

A proposta de Reforma das Previdência é muito perversa, excludente e machista, além de elevar a idade mínima de aposentadoria da mulher do campo para 60 anos, retira da legislação a possibilidade de comprovação do exercício da atividade rural que atualmente é de 15 anos, e aumenta para 20 anos com a obrigatoriedade de contribuição de, no mínimo, 600 reais anualmente. Outros pontos da PEC também causarão impactos negativos na vida das mulheres do campo, da floresta e das águas, tais como as novas exigências para a concessão das aposentadorias rurais; a redução nos valores das pensões; e o endurecimento nas regras para acesso ao benefício da assistência social.

Sobre o texto da PEC 06/2019 que trata da REFORMA DA PREVIDÊNCIA, o Deputado Federal Assis Carvalho falou do que ele chamou de ponto central da reforma que é o Sistema de capitalização, injusto com os que têm menor capacidade contributiva para fundos privados. Por isso, ele defende o modelo atual vigente, que é o modelo solidário/de repartição. Além disso criticou o texto que fala sobre o limite do BPC que será reduzido de R$ 998 para R$400,00 para o idoso de baixa renda.

Assis também chamou atenção dos trabalhadores sobre a importância da unidade, que neste momento difícil todas as classes tem que se unirem em prol de um bem maior que é a previdência social e a aposentadoria.

“Eu sou de uma linha que ainda não está consensuada do PT, mas eu acho que nós vamos ter que dizer não de um jeito diferente. Eu não tenho acordo e nem negociação enquanto quiserem mexer em uma vírgula do trabalhador rural, não tem emenda, nem jeitinho, aqui a possibilidade é 0 em relação a qualquer acordo, temos que dizer não quando querem mexer nos direitos das mulheres de qualquer categoria, quando querem acabar com o modelo solidário mexer no regime geral da previdência social, por isso não tem como haver diálogo, temos que acabar com os privilégios e não com os direitos. Hoje eu acredito que esse projeto não passa, por isso temos que manter visitas aos parlamentares nos gabinetes, nos aeroportos, conversas boca a boca, a fim de denunciar os impactos que virão caso a reforma seja aprovada”, finalizou Assis.

Após a solenidade, foi servido um almoço para todas(os) presentes e sorteadas algumas lembrancinhas para o público presente.

Para ter acesso ao álbum de fotos, basta pesquisar pelo facebook Roana Wrsula ou pela Página da FETAG-PI.

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