14 de novembro de 2024
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FETAG-PI participou da Audiência Pública do Projeto Florestal em Floriano

A Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores(as) Familiares do Estado do Piauí (FETAG-PI), através da Secretária de Meio Ambiente e Convivência com o Semiárido, Maria Betânia, Secretário de Política Agrícola, Elvis Veras,  Assessor Jurídico, Dr. Carlito Feitosa e o Coordenador do Pólo Regional de Floriano, José da Guia, participou na noite de ontem (06/12) no auditório de um hotel no município de Floriano da Audiência Pública do Projeto Florestal.

O evento teve como objetivo apresentar o Estudo de Impacto Ambiental – EIA e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, referente ao Projeto Florestal, a ser implementado na microrregião de Floriano, que tem potencial para trazer à região uma série de impactos positivos por meio do desenvolvimento econômico, avanços na infraestrutura, geração de empregos e capacitação de mão de obra local.

Diretores dos sindicatos dos trabalhadores(as) rurais dos municípios de Floriano, Canavieira, Itaueira, Jerumenha, Nazazé do Piauí e Pavussu e líderes das comunidades rurais, participaram da ação, visto que o projeto será distribuído em propriedades situadas nos respectivos municípios.

Após a leitura e apresentação do projeto, a FETAG-PI emitiu um oficio para o Secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMAR , Sr. Robério Aslay de Araújo Barros que estava ausente, mas que foi recebido pelo Superintendente de Meio Ambiente do Estado do Piauí, Carlos Antonio de Moura Fé.

O ofício faz observações onde as desvantagens superam as vantagens, pois os impactos ambientais negativos são superiores, são de grande magnitude, são de maior incidência local, com duração permanente, com prazo de efeito curto e de natureza certa e irreversível, onde estes impactos se apresentarão logo nas fases de implantação e operação. Porém, observamos que os programas apresentados são superficiais para amenizar os impactos previstos.

Para FETAG-PI o projeto  não apresenta a avaliação do impacto social nas comunidades rurais, uma vez que as áreas adquiridas não são contínuas, conforme o mapa apresentado no EIA/RIMA. Há uma ênfase apenas na questão econômica, no tocante a de geração de emprego e renda, circulação de capital nos município, na fase de implantação. Não há diagnóstico sobre o impacto social e muito menos a apresentação de programas de convivência com as comunidades locais que serão afetadas, em especial os extrativistas, apicultores e agricultores familiares.

Segundo Maria Betânia, o projeto têm muitas interrogações e a Federação está preocupada com os trabalhadores rurais. “Acreditarmos que as perdas serão imensas, principalmente por causa da destruição da mata nativa. Nos posicionamos contra o modelo do projeto, porque somos o porta voz dos agricultores familiares, que serão os grandes prejudicados com a execução do projeto da forma que está”, disse a secretária da FETAG-PI.

O secretário de política agrícola, também comentou o assunto em questão. “Primeiramente, nós tivemos o cuidado de estar avaliando toda proposta do projeto e o encaminhamento é que nós não somos contra os projetos de desenvolvimento no Estado e, sim a forma como eles são apresentados para nossa sociedade, porque muitos deles, são colocados sem análises e avaliar a real situação e a realidade da área onde vai ser implantado”, frisou Elvis Veras.

Ao termino da audiência, o Superintendente de Meio Ambiente do Estado do Piauí, Carlos Antonio de Moura Fé, disse queos questionamentos serão analisados pela SEMAR e repassados para o empreendedor e que ainda estão abertos para novos posicionamentos no prazo de até dez dias, a partir da realização da audiência pública.

 

FONTE: Assessoria de Comunicação da FETAG/PI – Paes Landim.

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