16 alunos de Agronomia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), do campus de Parnaíba, ocupam a Faculdade de Ciências Agrárias (FCA) em protesto pela falta de alimentação, que deveria ser fornecida pela instituição, atraso no pagamento das bolsas e salário dos professores. A situação comprometeu o início do período letivo que havia sido remarcado para esta segunda-feira (16).
O curso é financiado pelo Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Universidade Estadual.
Devido à grave situação e o descaso, alguns alunos abandonaram o curso. O protesto segue por tempo indeterminado, até que as reivindicações sejam escutadas e atendidas, pois no início do mês, os estudantes vieram a Teresina cobrar a resolução do problema.
A FETAG-PI, através da Secretária de Políticas Sociais, Maria Barros se solidariza e apóia a luta dos alunos de agronomia da UESPI, por compreender que a educação do campo é um direito assegurado pela constituição brasileira e pela Lei de Diretrizes e Base da Educação (LDB, N° 9394/96), um elemento fundamental para a conquista da cidadania e a efetivação dos direitos universais.
Por entender ainda, que a Educação do Campo é mais que uma escola, é fruto da organização social e prática pedagógica de vários movimentos sociais e sindicais do campo na construção de estratégias com a classe trabalhadora para manter a resistência pelo direito a educação de qualidade, que de fato garanta escolas, ensino superior de qualidade, a permanência de programas do governo que respeite os povos do campo, das florestas e das águas, para que haja o empoderamento, emancipação e o protagonismo dos povos do meio rural.