13 de novembro de 2024
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FETAG-PI presente no Fórum Alternativo Mundial da Água – FAMA 2018 em Brasília

Uma comitiva do Piauí formada pela Secretária de Meio Ambiente e Política de Convivência com o semiárido, Maria Betânia, assessor técnico, Genival Araújo, Secretário de Política agrícola e meio ambiente do Sindicato de Teresina, Francisco e pelo tesoureiro do sindicato de Pio IX, Erinaldo José, embarcaram neste domingo (18), rumo ao Fórum Alternativo Mundial da Água –  FAMA 2018, que acontece desde o dia 17 a 22 de março de 2018, no pavilhão de eventos do parque ambiental de Brasília.

O FAMA é um evento internacional e democrático, que reúne organizações, movimentos sociais e sindicais que lutam em defesa da água como direito essencial à vida. Este  Fórum  se  contrapõe ao “Fórum Mundial da Água”, que é um encontro promovido pelas grandes corporações econômicas e que defendem a privatização das fontes naturais e dos serviços públicos de água.

Este Fórum pretende unificar a luta contra a tentativa das grandes empresas em transformar a água em mercadoria, privatizando as reservas e fontes naturais de água, tentando transformar este direito em um recurso inalcançável  para  muitas populações, que, com isso, sofrem exclusão social, pobreza e se vêm envolvidas em conflitos e guerras de todo o tipo.

Temos como principais atividades neste evento, uma ação interna na CONTAG que consiste no seminário nacional sobre meio ambiente e direito à água. Neste seminário, realizamos um debate sobre a conjuntura atual de degradação ambiental, onde as discussões de ontem (19) pela manhã, refletiram sobre questões ligadas a crise hídrica no Brasil e no mundo, a mercantilização da água e as sementes geneticamente modificadas. E diante desses temas surgiram as seguintes indagações: Como enfrentar estas questões a partir da valorização, resgate e multiplicação das nossas sementes crioulas, além disso, como barrar o desmatamento no cerrado, na caatinga e a mineração?

No encontro ainda foram debatidos o modelo de desenvolvimento do agronegócio que mantém o controle das terras e das águas, o uso indiscriminado dos agrotóxicos contaminando o solo, a água, o ar e os alimentos e a fragilidade da legislação brasileira em relação a esta questão. Frente a isto, a FETAG-PI reafirma que o movimento sindical deve continuar adotando o modelo de desenvolvimento agroecológico, trabalhando a conscientização sobre o problema que vai além da economia individual da água, pois o maior consumo é das grandes empresas do agronegócio e das indústrias.

Não podemos esquecer que somos parte da natureza e dependemos dela, a forma como a natureza está caracterizada nos territórios tem haver com a forma de como estamos nos relacionando com ela. A Relação das comunidades tradicionais com a terra é diferente da relação dos povos da cidade. As inciativas individuais são importantes, mas a degradação ambiental está muito mais relacionada com as relações desiguais de poder.

Nesta terça-feira (20), alguns participantes do FAMA estão discutindo a crise hídrica e o consumo racional da água para os/as trabalhadores (as) do campo e quais são os impactos da exploração, contaminação e mercantilização da água nos territórios.  O olhar da agricultura familiar (AF) sobre o meio ambiente e qual a importância da gestão da água e como isso implica no desenvolvimento da AF.

Ainda foram tratados neste debate, as especificidades das mulheres, juventude, terceira idade, os povos e comunidades tradicionais. Para de fato, percebermos quais estratégias de resistência e construção de alianças que estamos desenvolvendo na agricultura familiar. No final do debate de hoje será elaborado um plano de lutas enquanto movimento sindical para juntar ao documento de reivindicações e pauta do FAMA.

 

 

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