FETAGPI FETAG-PI participou de audiência pública na Câmara de Piripiri que discutiu sobre o uso de agrotóxicos

FETAG-PI participou de audiência pública na Câmara de Piripiri que discutiu sobre o uso de agrotóxicos

A Rede Ambiental do Piauí (REAPI), através de requerimento do Vereador Antônio Soares (Totonho-PT) – Coordenador do Polo de Piripiri da FETAG-PI – promoveu nesta quarta-feira (13) no Plenário Vereador Valdemar Soares de Oliveira, da Câmara Municipal de Piripiri, uma audiência pública que tratou sobre o uso de agrotóxicos na região Norte do Piauí.

O evento teve apoio de várias entidades ambientais, dentre elas a FETAG-PI que participou através da Secretária de Meio Ambiente e Convivência com o Semiárido, Maria Betânia, Fórum Piauiense de Convivência com o Semiárido, Comunidade Kolping-Piripiri, Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores(as) Familiares (STTR) de Piripiri, Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), Conselho de Desenvolvimento Sustentável do Território dos Cocais, Rede Sementes da Fartura, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Subseção de Piripiri) e Instituto Federal do Piauí (IFPI).

Segundo a Coordenadora da REAPI, Tânia Martins, a audiência teve como objetivo discutir principalmente o uso irregular dos agrotóxicos na região. “Discutir este tema sempre foi uma das ações da REAPI, porque acreditamos que seja um caso de saúde pública e preocupação com a questão socioambiental e nós discriminamos estas ações em todo o Estado e aqui no Norte escolhemos Piripiri, porque, por exemplo, aqui é uma questão de intervenção, como é o caso da contaminação do Açude Caldeirão que é um fato e que a sociedade, talvez por falta de informações não discutem este assunto”, comentou.

Segundo Tânia, só este ano o governo federal já liberou 450 tipos de agrotóxicos. “É um absurdo e por isso mesmo é necessário informar as pessoas, porque esta é uma situação gravíssima”, concluiu a coordenadora da REAPI.

O Vereador Totonho, proponente da audiência, também comentou sobre o evento. “Acredito que o agronegócio é o grande responsável por agredir a natureza e aqui nas margens do Açude Caldeirão temos um grande problema, porque a água está contaminada, pois há uma produção ao lado”, afirmou. “Já em Piracuruca, há um projeto desconhecido que protagoniza grande fartura do milho e da soja e devido tudo isso, e como Piripiri é uma cidade que fica no eixo central do Território dos Cocais, nós tivemos conhecimento da REAPI e conseguimos agendar esta ação para aglomerar entidades desta região e acreditamos que esta atividade terá conhecimento em toso o país através da imprensa”, relatou Totonho.

Ainda dentro do assunto debatido, o Presidente da Subseção da OAB de Piripiri, Manoel Inácio, lamentou a posição do governo federal em liberar 450 tipos de agrotóxicos. “Primeiro quero parabenizar todos os envolvidos neste evento e o vereador Totonho, proponente deste ato e lamentar a liberação de 450 tipos agrotóxicos pelo governo federal que ainda não completou nem o primeiro ano se sua gestão. E dizer que a posição da OAB e o Conselho Federal da OAB através da Comissão de Meio Ambiente tem se posicionado totalmente contra essa autorização muitas das vezes sem critérios. E aqui na Subseção de Piripiri nos colocamos a disposição”, frisou Manoel Inácio.

Durante os debates teve a manifestação da secretária da Federação. “O tema é importante para discussão, porque o Brasil é o país com maior número de uso de agrotóxicos, por isso, precisamos fortalecer este debate, porque é uma questão de saúde pública”, disse Maria Betânia. “Portanto, acredito na necessidade de estender estas audiências em todo o estado, para debatermos com a sociedade, e informá-los sobre os grandes impactos ambientais com o uso continuo dos agrotóxicos através do agronegócio”, finalizou.

A RELPI e as entidades que defendem o meio ambiente acreditam que os agrotóxicos utilizados nos grandes projetos agrícolas e na agricultura familiar no Piauí vêm prejudicando e diminuindo os serviços ecossistêmicos dos biomas e assim colocando em risco o futuro das áreas agrícolas no Estado, e que são muitos os impactos provocados às pessoas, mananciais, solo, fauna e flora.  

FONTE: Assessoria de Comunicação da FETAG/PI – Paes Landim

     

 

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