No dia 22 de março de 1992, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Dia Mundial da Água. A data é um esforço da comunidade internacional para colocar em pauta questões essenciais que envolvem os recursos hídricos. Esta data é destinada também a reflexão e discussão sobre a relação homem e água, a conservação e proteção da água, desenvolvimento correto dos recursos hídricos e medidas para resolver problemas relacionados com a poluição.
A água limpa e potável é um direito humano garantido por lei desde 2010, de acordo com a ONU.
Os padrões de distribuição das chuvas variam naturalmente. Porém nos últimos anos têm sido observados eventos extremos de excesso ou escassez dessas chuvas, que podem ser indícios de mudanças climáticas e alterações nos padrões das precipitações no Brasil.
Segundo os dados da Agência Nacional de águas (ANA), em 2017, cerca de 03 milhões de brasileiros foram afetados por cheias e inundações. Por outro lado, quase 38 milhões foram atingidos por secas – 80% deles na Região Nordeste.
Dos últimos cinco anos, 2017 foi o mais crítico quanto aos impactos da estiagem sobre a população. Por isso, diversas ações precisaram ser tomadas pela ANA, como 33 processos de alocação de água, 39 campanhas de fiscalização, cinco normativos restringindo ou suspendendo gastos hídricos e a operação de 04 salas de crise.
No estado do Piauí os principais reservatórios de água superficiais encontram-se com sua capacidade de água em níveis baixos, pois conforme os dados do Boletim do Monitoramento expedido pelo Departamento Nacional de Obras contra as Secas (DNOCS) em fevereiro deste ano, mostra que: as barragens de Bocaina (21%), Cajazeiras em Pio IX (2%), Ingazeira Paulistana (39,57%); Petrônio Portela em São Raimundo Nonato (21,51%); Estreito em Padre Marcos (13,39%). Portanto, estas barragens são de fundamental importância para a região semiárida, e estando com pouca água, podem comprometer o abastecimento de água tanto para o consumo humano quanto animal nas cidades e também no campo neste ano, sobretudo no período da seca.
De acordo com a Secretária de Meio Ambiente da FETAG-PI, Maria Betânia, existe uma grande preocupação da sociedade civil organizada em pautar e defender o acesso a água de qualidade para o consumo humano e o uso sustentável na produção de alimentos. “É nesta perspectiva que o Fórum Piauiense de Convivência com o Semiárido, onde a Federação faz parte, realiza amanhã (22), o ato público na cidade de Piripiri com o objetivo de defender a implementação urgente de políticas públicas de preservação e uso racional da água do nosso Estado”, frisou.